quarta-feira, 6 de abril de 2011

Terapias Expressivas





O que é?

As Terapias Expressivas, também conhecidas por Terapias pelas Artes, nomeiam-se de acordo seu meio de expressão artística dominante – Arte Terapia, Música Terapia, Drama Terapia e Dança Movimento Terapia.
Apesar da referência às artes, a expressão artística não é aqui considerada no seu aspecto técnico, nem vista como um fim em si, é antes utilizada como um recurso potenciador da comunicação em contexto terapêutico. Através da expressão simbólica espontânea, que era natural na nossa infância, pretende-se aceder a processos inconscientes e difíceis de exprimir pela expressão verbal, necessariamente limitada pela lógica lingüística.
O discurso narrativo, linear, subordinado ao tempo, próprio da expressão verbal, passa a ser substituído ou combinado com a expressão não verbal do discurso criativo – o que nos permite “dizer”, por sons, desenhos, dramatização ou movimento o que nos seria impossível afirmar de outra forma, por ser, muitas vezes, contraditório e paradoxal.
Somos todos seres paradoxais e em épocas de crise e crescimento isso acentua-se – amamos e odiamos, queremos mas receamos, acreditamos e duvidamos, avançamos e recuamos. A expressão simbólica tem a capacidade de “condensar significados”, em processos idênticos aos dos sonhos, daí que seja tão relevante em terapia, sobretudo quanto é difícil a identificação e nomeação de sentimentos ou aquilo que precisamos exprimir é demasiado doloroso de ser posto em palavras.
Uma pintura ou um desenho, uma escultura, uma dramatização ou uma dança podem pôr a nu aquilo que não podemos pôr em palavras, tanto o que sabemos e queremos exprimir como o que não sabemos ainda e, exprimindo-o, descobrimos dentro de nós.
Um psicoterapeuta treinado passa a comunicar com imagens, traços, gestos, ritmos e sonoridades, seqüências de formas ou movimentos; com isso vai cuidadosamente tecendo a relação terapêutica e ajudando a pessoa a compor a sua obra, a sua dança, a sua melodia na vida. Para uma expressão mais autêntica e gratificante!

Quem pode beneficiar?

Mesmo sem problemas psicológicos qualquer pessoa pode optar por iniciar uma terapia expressiva, como um processo de autoconhecimento e de desenvolvimento pessoal, sobretudo ao passar por épocas de mudança e de desafios profundos. A criatividade não é utilizada numa abordagem clínica, mas pode ser uma vista como uma nova linguagem que a pessoa escolhe desenvolver, para potenciar as suas capacidades. 

Outros casos que podem tirar benefícios da terapia expressiva:
  • Ansiedade e depressão
  • Problemas de auto-estima e autoconfiança
  • Problemas com a auto-imagem e a percepção corporal
  • Distúrbios do comportamento alimentar
  • Queixas psicossomáticas
  • Fibromialgia
  • Dificuldade no controle os impulsos
  • Intolerância à frustração
  • Dificuldades de relacionamento e de expressão emocional

Que tipos de sessões?

Há dois tipos de sessões – individuais e em grupo.
Será sempre necessário uma ou duas sessões para avaliação, como condição prévia à inclusão no grupo, o que acontecerá se a pessoa estiver em condições emocionais ou se sentir preparada para se envolver numa dinâmica de grupo. Às vezes pode preferir fazer só sessões individuais ou pode fazer um período de aprofundamento pessoal para então integrar um grupo. Todas as opções serão discutidas entre terapeuta e cliente, tendo em vista o que será mais benéfico como processo terapêutico ou de desenvolvimento pessoal.


Os grupos?

Os grupos podem ser de dois tipos – fechados ou semi-abertos.
Os grupos fechados são aqueles em que, tendo-se atingido o número estável de elementos e estando a desenvolver um processo terapêutico, não recebe mais elementos, a fim de oferecer consistência, contenção e segurança para que o trabalho se faça a nível mais aprofundado.
Os grupos semi-abertos são grupos que, por várias razões, poderão receber, com uma regularidade a fixar, novos elementos, desde que isso faça sentido para o responsável pelo grupo, de um ponto de vista terapêutico.
As pessoas em processo individual podem ser integradas em grupo semi-aberto, também em circunstância a serem analisadas em função do seu progresso terapêutico.


Tempo e estrutura das sessões
As sessões individuais duram 50 a 60 minutos e as sessões de grupo duram 1h e 15m.  

Como decorre uma sessão em Terapia Expressiva?
Em terapia expressiva haverá sempre uma estrutura com as seguintes componentes:
  • Aquecimento (um aquecimento físico e emocional), utilizando, no nosso caso, movimento e ritmo ou mesmo sons.
  • Segue-se o processo, em que os elementos do grupo exploram, de modo individual ou coletivo o que quer que se esteja a passar dentro de si ou dentro do grupo, com recurso a meios expressivos à escolha - movimento, desenho escrita criativa.
  • Por vezes, o terapeuta pode desafiar para uma maior atenção a diferentes aspectos de consciência e imagem corporal, convidar a explorar e/ou questionar preferências, através de tarefas simples (ex: qualidades de movimento; redução e ampliação de uma seqüência de movimentos ou imagens; distância e proximidade; equilíbrio e desequilíbrio).
  • Segue-se uma parte final, de reflexão e integração, em que as pessoas relacionam as vivências e associações que ocorreram durante o processo. Dos insights permitidos pelo processo criativos, novas possibilidades e caminhos se abrem, eventualmente para serem aplicados na vida real, onde novos caminhos de afirmação de si e de novos tipos relacionamentos podem surgir.



Qual o preço de cada sessão em Terapia Expressiva?
Sessões Individuais – R$ 200,00
Sessões de Grupo – R$ 100,00

Qual é a freqüência habitual em Terapia Expressiva?
A freqüência em sessões individuais pode ser combinada com a terapeuta, mas habitualmente as sessões ocorrem com a periodicidade de uma vez por semana. Em grupo a freqüência é também semanal.

Onde posso fazer Terapia Expressiva?
Atualmente eu Renato Welbert só disponho da modalidade: Terapia Expressiva em residências ou entidades.

O que é a terapia cognitiva?




A terapia cognitiva baseia-se na existência de estruturas cognitivas aprendidas ao longo do crescimento do indivíduo. O sujeito mediante uma situação, ou um estímulo cognitivo interno ou externo, irá processar essa informação de acordo com o seu sistema de crenças e produzir uma série de pensamentos automáticos que irão gerar estados emocionais.
Habitualmente os indivíduos vêem as emoções e as suas reações como algo linear, com uma relação causa efeito, no entanto, as crenças aprendidas têm um papel importante no processamento da situação \ estímulo cognitivo determinando assim o resultado final de uma situação \ estímulo. Ou seja, "os indivíduos não são afetados diretamente pelos acontecimentos, mas sim pela sua visão particular desses acontecimentos" Epítetos.
Partindo destas bases, a terapia funciona ao testar, corrigir e modificar primeiro, os pensamentos automáticos e seguidamente as crenças que originaram estes pensamentos.
A terapia cognitiva é, portanto uma modalidade de terapia que envolve um conjunto de explicações sobre a origem e a manutenção das perturbações psíquicas e de técnicas para modificá-las. Parte do pressuposto de que pensamentos e crenças distorcidos ou errados podem influenciar as nossas emoções e os nossos comportamentos, sendo responsáveis pelo aparecimento de sintomas. A identificação das crenças distorcidas e a sua correção por meio do raciocínio lógico e de técnicas cognitivas apropriadas podem eliminar os sintomas.
Alguns dos problemas mais freqüentes com indicação para Terapia Cognitivo-comportamental são:
- TOC - Transtorno Obsessivo-compulsivo;
- Depressão;
- Crises Pânico;
- Ansiedade Patológica;
- Fobias;
- Perturbações da Auto-estima;
- Fobia Social;
- Receio de apresentações em publico;
- Comportamentos aditivos.

Quais os seus resultados?

A eficácia desta psicoterapia no tratamento da depressão, ansiedade e outras perturbações psicológicas, estão comprovadas cientificamente. Os estudos demonstram, por exemplo, que o acompanhamento psicológico através da terapia Cognitivo-Comportamental reduz os sintomas da depressão tão eficazmente como a terapia com antidepressivos resultando, contudo, numa taxa mais baixa de recaída. Além disso, não tem os efeitos secundários associados aos medicamentos.