quarta-feira, 30 de março de 2011

Hipnose Clínica



A Hipnose Clínica é a intervenção clínica efetuada com o auxílio de técnicas de hipnose. Habitualmente a Hipnose Clínica é praticada por clínicos, nomeadamente psicólogos, psicopedagogos, médicos, enfermeiros entre outros.
A Hipnose é um estado alterado de consciência no qual o cérebro passa a funcionar dominantemente com ondas alfa. Esta freqüência do funcionamento cerebral está associada aos estados de profundo relaxamento como a meditação e o sono.
Num estado superficial e intermédio de transe (denominação utilizada para designar a pessoa hipnotizada) a pessoa mantém-se consciente e alerta, mas a sua atenção está intensamente focalizada no seu próprio interior, ou seja, na sua atividade mental e fisiológica.
As maiorias das teorias científicas atuais consideram que no estado de transe os hemisférios cerebrais atingem uma excelente capacidade de comunicação entre si, facilitando a troca de material psíquico e simbólico entre o consciente, o pré-consciente e o inconsciente.
A acessibilidade ao inconsciente torna-se mais fácil e a própria pessoa consegue dialogar com o seu inconsciente de uma forma inacessível em vigília.
Apesar de a Hipnose ter uma historia bastante antiga, durante muito tempo teve um convívio complicado com o meio cientifico. Com facilidade foi associada ao charlatanismo e a exibições de “poderes paranormais” através de inúmeros espetáculos em que os participantes, uma vez hipnotizados, eram como fantoches nas mãos do hipnotizador.
A hipnose de palco continua a cativar espectadores e, diga-se em abono da verdade, que são espetáculos interessantes e por vezes impressionantes. A Hipnose Clínica fazendo uso de algumas das técnicas da Hipnose de Palco é sujeita a normas éticas rigorosas e os clínicos são pautados por um respeito absoluto à vontade expressa pelo paciente/cliente.
Nas últimas duas décadas a Hipnose Clínica foi lentamente reintroduzida como disciplina científica e utilizada com rigor científico. A Hipnose Clínica reaproximou-se da medicina pela sua enorme utilidade no controle da dor em determinados procedimentos médicos. Nomeadamente reapareceu como técnica auxiliar aos médicos dentistas e para a execução de cirurgias quando os pacientes, por motivos médicos ou outros, não podiam usufruir dos métodos habituais de anestesia.
Desde o século passado que a Hipnose manteve uma relação próxima com a psicologia clínica, contudo, o trabalho de Freud acabou por desacreditar a Hipnose como técnica particularmente útil para aceder ao inconsciente. Para Freud a via regia de acesso ao inconsciente era o sonho. Considerava que não havia vantagem clínica em produzir ab-reação quando o paciente não se encontrava consciente do material psíquico que emergia. Este argumento perdeu valor quando a hipnose adaptou as suas técnicas de forma a intervir clinicamente sem haver perda de consciência nem de contato com a realidade. Durante várias décadas, os psicólogos desconfiaram da Hipnose e consideraram que a sua utilização poderia ser perigosa na medida em que o sujeito/paciente ficava demasiado vulnerável à influência do hipnoterapeuta. Atualmente com o desenvolvimento de novas técnicas de intervenção em hipnoterapia, o paciente/sujeito fica total e completamente consciente dos procedimentos e por isso mesmo capaz de fazer uma filtragem adequada e não se deixar influenciar por considerações, sugestões ou ordens com as quais não esteja em completo acordo. A amnésia pós-hipnotica é cuidadosamente evitada pelo terapeuta devidamente formado e regido por rigorosas normas éticas.

Indicações da Hipnose Clínica

A Hipnose Clínica é uma terapêutica adequada a um número vasto de quadros clínicos e pode ser utilizada como técnica única ou conjugada com outras modalidades psicoterapêuticas, nomeadamente, terapia cognitivo-comportamental ou psicanalítica (hipno-analise).
Inúmeros estudos comprovam utilidade da Hipnose Clínica no desenvolvimento pessoal e na terapêutica de perturbações psíquicas.
A Hipnose pode ser muito útil na resolução dos seguintes quadros psicopatológicos:
  • Perturbação de stress
  • Perturbações de ansiedade
  • Perturbações de pânico (com e sem agorafobia)
  • Perturbações obsessivo-compulsivas
  • Perturbações de stress pós-traumático
  • Perturbações do Humor/Afeto (estados depressivos ou hipomaniacos, bipolaridade)
  • Perturbações do sono
  • Perturbações da aprendizagem
  • Perturbações dissociativas
  • Perturbações psicossomáticas
  • Perturbações da auto-estima
  • Perturbações dos impulsos
  • Perturbações do comportamento alimentar
  • Perturbações da Infância (pesadelos, enurese, encoprese, comportamentos agressivos, etc.)
  • Perturbações da sexualidade
  • Fobias
  • Perturbações da fertilidade
A Hipnose é também muito útil no Desenvolvimento Pessoal e no Bem-Estar, ajudando qualquer pessoa (com ou sem psicopatologia) a potenciar as suas capacidades e a melhorar o seu estilo de vida:
  • Deixar de Fumar / Desabituação tabágica
  • Modificação de hábitos alimentares e emagrecimento
  • Controle da dor
  • Potenciação das Competências Cognitivas (memória, atenção, concentração, inteligência, criatividade, etc.)
  • Potenciação da Auto-estima
  • Treino de Assertividade
  • Modelagem do Comportamento (quebra e modificação de hábitos)

A intervenção em Hipnose Clínica

A intervenção em Hipnose Clínica não tem nenhum tipo de efeito secundário adverso. Como já foi referido anteriormente, o cliente fica totalmente consciente mesmo sob transe e pode a qualquer momento interromper o procedimento caso assim o deseje.
O cliente/paciente é convidado num primeiro momento a apresentar a sua situação e o clínico (psicólogo) recolhe todas as informações necessárias para a compreensão do quadro clínico e efetua o respectivo diagnóstico como procede habitualmente em qualquer primeira entrevista.
O procedimento técnico específico inicia-se quando o clínico convida o cliente/paciente a fechar os seus olhos e a relaxar (este procedimento pode ocorrer com a pessoa sentada numa cadeira ou recostada/deitada num divã). Lentamente o cliente/paciente é conduzido pela voz do terapeuta a relaxar cada vez mais (em situações particulares o relaxamento pode não ser desejado ou ativado) e quando o cliente atinge o estado mental adequado (freqüência cerebral dominante em ondas alfa) o terapeuta e o paciente trabalham no sentido da resolução do problema identificado. Durante toda a sessão o cliente/paciente estará perfeitamente consciente e ouvirá a voz do terapeuta como qualquer pessoa em estado de vigília que fecha os olhos e ouve outra pessoa a falar.
Durante o período de resolução do problema apresentado pelo cliente/paciente, o terapeuta pode solicitar ao paciente que ele imagine determinadas situações. A capacidade da mente humana para imaginar situações (reais, imaginadas ou fantasiadas) é uma ferramenta de grande utilidade na Hipnose Clínica pelo que quando maior for esta capacidade melhor é a perspectiva de sucesso da intervenção.



A duração do tratamento ou intervenção em Hipnose Clínica

Os tratamentos ou intervenções em Hipnose Clínica são habitualmente breves. O número de sessões requeridas depende da problemática apresentada e do grau de adesão (consciente e inconsciente) do cliente/paciente às solicitações do terapeuta.
A maioria das intervenções implica a freqüência de sessões de hipnose clínica com freqüência semanal ou quinzenal, num total médio de 8 a 12 sessões.
Cada sessão tem a duração média de 60 minutos, sendo a primeira habitualmente mais longa, 90 minutos

Honorários em Hipnose Clínica
Valor por Consulta – 1ª – R$ 250,00; seguintes R$ 150,00
Deixar de fumar – R$ 10.500,00

CONSULTA DO ALUNO



Através da minha experiência no trabalho com adolescentes, sobretudo no âmbito dos processos de orientação vocacional, tenho vindo a constatar que maior parte das dificuldades relatadas pelos pais, dizem respeito à relação dos seus filhos com o universo escolar.
A adolescência é um verdadeiro desafio. Os jovens adolescentes vivem num turbilhão de emoções, mudanças e transformações na procura da sua autonomia e independência, ao mesmo tempo que se deparam com as exigências inerentes ao desenvolvimento de uma identidade estável. Neste momento de grandes mudanças os jovens começam também a projetar-se no futuro com seriedade e responsabilidade: fazem escolhas, definem objetivos!
No entanto, esta fase do desenvolvimento contém sempre alguns riscos de instabilidade emocional, e é sobretudo no universo escolar que são reativados os maiores problemas, os quais carecem freqüentemente de uma intervenção atentada e adequada.
Alguns dos problemas mais freqüentes são:
 
- Insucesso escolar;
- Mau comportamento;
- Desinvestimento nas atividades escolares;
- Comportamento desafiante às normas e aos professores;
- Excesso de faltas às aulas;
- Bullying;
- Comportamento desviante como consumo de substâncias, pequenos furtos, adoção sistemática de mentiras, agressividade e violência para com os outros;
- Isolamento e apatia;
- Dificuldades no relacionamento com os colegas;
- Baixa auto-estima. 

Grande parte dos adolescentes que passam por estas dificuldades, mesmo que apitando comportamentos inflexíveis e difíceis de compreender, acabam por reconhecer que estão em sofrimento (que o próprio não consegue comunicar de forma adequada) e que podem beneficiar com a ajuda técnica e especializada.
Este sofrimento e as suas conseqüências ao nível do comportamento podem ter um impacto sério no desempenho acadêmico assim como no ambiente familiar. Tendo em consideração estes fatores é muitas vezes necessário que a intervenção seja realizada também com a família, promovendo e facilitando a comunicação entre pais e filhos.
Quando identificadas e tratadas atentamente estas dificuldades podem reduzir drasticamente, assim como se pode prevenir a cristalização dos comportamentos e do mal estar, fazendo toda a diferença no futuro acadêmico, profissional e social do adolescente.
Acreditamos numa intervenção breve e focal para este tipo de situações, estruturada de acordo com a problemática e incidindo ao nível das dificuldades e dos aspectos diretamente associados, servindo também como forma preventiva no futuro. 



                                        PLANO DE INTERVENÇÃO:
1º Momento: 

Entrevista de diagnóstico e acolhimento.
Entrevista semi-estruturada realizada com os pais e o adolescente em conjunto, e depois separadamente. Esta entrevista inicial tem como objetivo a compreensão do pedido efetuado, compreensão das problemáticas apresentadas e recolha de dados da história pessoal e familiar.
Neste momento pode ser necessária a aplicação de testes psicrométricos para a avaliação da personalidade, das competências cognitivas e/ou da dinâmica familiar.
Os testes permitem um conhecimento mais rápido e profundo de traços de personalidade assim como identificação de dificuldades cognitivas, emocionais ou comportamentais. 

Enquadramento. 

Estabelecimento de um plano de intervenção, o qual pode ser realizado entre 5 a 10 sessões e pode ser feito numa abordagem familiar, individual ou misto.
Neste momento o terapeuta estabelece o plano de intervenção mais adequado, assim como os objetivos a atingir. Deste plano resulta um contrato terapêutico e mediante o acordo consensual marcam-se as sessões de intervenção.
Custo da entrevista: R$ 160,00 (cerca de 2 horas)
2º Momento:
 
Intervenção.
A intervenção é realizada de acordo com o plano terapêutico estabelecido.
As sessões são marcadas com regularidade semanal, ou bissemanal, de acordo com a disponibilidade de agenda e ajustadas aos horários do terapeuta e do adolescente ou da família.
Sessões com o adolescente: R$ 100,00 (50 minutos cada sessão)
Sessões com a família: R$ 200,00 (90 minutos cada sessão)

3º Momento: 


Final do processo.
Sessão final de discussão dos resultados e entrega de um relatório de conclusão da intervenção. Este momento é realizado com a família e são discutidos os resultados da intervenção, até que ponto se considera cumprido os objetivos e podem ser feitas recomendações ou outras indicações terapêuticas ou para outras áreas, como por exemplo, estudo acompanhado, etc.
Sessão final com entrega do relatório: R$ 120,00 (60 minutos)